sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Hoje deparei-me com a expressão "somos os livros que lemos", vinda da boca de uma querida professora minha.
Ultimamente tenho deixado a sopa de letras em casa e tenho-me alimentado mal a este nível, mas pus-me a pensar que livros tenho no meu cartório e quais os que mais me marcaram.
Não vou enumerá-los, mas o tema que mais me chama a atenção é o Romance.
Eu sei que não estavam nada à espera visto este meu aspecto másculo (ou então não), mas "não julguem o livro pela capa" (ando a investir em grande peso nas frases feitas, que se fôda).
As vossas cabeças já devem estar a pensar no homem perfeito que eu sou, mas não, e era aqui que eu queria chegar.
Detesto o romantismo, as "princesas" e os "xuxus", as flores e os chocolates, as velas e o champagne.
E tenho provas vivas disso, nunca tive um relacionamento duradouro porque me acusam sempre de não dar a atenção necessária. Também sei que isto não tem nada a ver com o romantismo, mas se "ele" estivesse mais presente nos momentos em que eu realmente dou atenção, ajudava!
Li toda a colecção da J. K. Rowling onde ela nos faz viajar por todo um espaço irreal, onde a magia perdura até aos dias de hoje e nunca me iludi acerca da merda de  mundo em que vivo.
Um trolha tem de trabalhar, suar e não é com um "Wingardim Leviosa" que vai levantar os sacos de cimento nas obras!
Mas quem dera que isto que eu escrevi não faça sentido, e se não fizer, e se "somos os livros que lemos", tenho uma pergunta a fazer:
Por onde andam todas meninas que acabaram agora de ler "As 50 Sombras de Grey"?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

jesuiocaralho

Agora somos todos Charlie.
Não me vou prolongar muito acerca deste assunto, até porque vou ser só mais um.
Da próxima vez que alguém se dirigir a vocês com uma opinião menos positiva ou negativa transformem-se numa esponja e absorvam, porque partir para violência depois do hashtagjesuicharlie que vos vi pôr nas redes sociais ridiculariza-vos.

Passer, da família Passeridae.

Já à muito que os vejo a voar sem querer pousar na minha gaiola.
Por outro lado, deixar o adito aberto é que se tornou num plano enfadonho e com uma taxa de insucesso acima da média.
Hoje saí à caça. Visei o primeiro, e que belo pardal!
Depois de algum tempo com a cárcere vazia, não podia mostrar o meu lado mesquinho, não o fiz, não houve necessidade.
Em toda a minha vida foram poucos os pássaros desta espécie nos quais pus a minha vista em cima.
Nunca fui um homem de caça, muito menos de pardais.
Mas este...
Era grande, robusto, tinha um cantar que os meus ouvidos não se cansavam de ouvir.
Nos meus sonhos mais perversos, nas minhas fantasias mais eróticas era o pardal que sempre quis enjaular.
Esta estonteante mistura de adrenalina e ansiedade andava desaparecida.
A minha inexperiência na perseguição, contrastou com a maturidade do pardal, sábio de todas as manhas da mesma.
Pelo meu latim já todos perceberam que o deixei escapar.
Por incrível que pareça o meu lado negativo deu lugar ao positivismo, e até vou adequar uma "frase feita" à minha prosa:
O que dá mais gozo é a caçada, mesmo que voltes para casa de mãos a abanar.
Estou confiante que o vou voltar a ver, voltar a ouvir aquele chilrear.